‘‘Eu saí por 1 semana do Instagram, mas é praticamente impossível ele sair da gente. Existe hoje uma dependência vil entre a produção artística e a falsa sensação de divulgação dos trabalhos e trabalhadores das artes. Isso faz alguma diferença? Sinceramente eu não sei. O que eu sei é que esse reflexo diário, essa tela por onde a gente olha o tempo todo pode revelar as artimanhas de um jogo onde uns já começam perdendo. Eu queria pintar essa minha sensação de ter visto eu e meus sonhos se transformarem em mercadoria. Num fluxo de pensamento/ pintura fui deixando sair o que pra mim é essa performance diária entre manter a forma e deformar ela. Onde eu sujeito arteiro, vou me sentindo cada vez mais cansado de discursos que mantém eu e minha arte a mercê de um mercado totalmente artificial e elitista. "Mas essa não é a trajetória do Artista? A do sofrimento e perrengue?" Dizem os admiradores de artes...
Texto publicado em rede social.
Fonte: Data Jomi.
Óleo e acrílica sobre tecido. 160x160.
João Miguel Santana - Jomi (Colombo-PR, 1992)
Artista multimídia formado em Cinema e Vídeo pela FAP/UNESPAR, e Design de Interiores pelo Senac Paraná. Mestrado em Cinema e Artes do Vídeo pelo PPG-CINEAV - Unespar, na linha de Processos Criativos pesquisando arte contemporânea, vídeo, pintura e auto representação. Trabalha temáticas sobre sexualidade, corpo, mídia e colagem em suas fotografias, filmes e pinturas.
2019 - Instalação artística Praça Derrida para a CASA COR PARANÁ.
2017 - Curador do Festival Colors - Cinema e Diversidade em Curitiba - PR.
2015 - Curador da Mostra Beleza Esquisita - Mostra de Videoarte. MON/ Unespar no Museu Oscar Niemeyer.
2013 - Vencedor de 3 categorias do Festival Internacional Curta 8 com o filme “In Memoriam Afeto” e menção honrosa na categoria de “documentários” do FiCBIC - Festival Internacional de Cinema da Bienal de Curitiba, com o filme "Trans, além de".
